Foto: Reproduçao  


A Prefeitura de Caçapava anunciou, nesta segunda-feira (6), a instalação de um gabinete de crise na Fundação de Saúde e Assistência do Município (Fusam), com o objetivo de conter uma dívida acumulada de R$ 60 milhões. Segundo a administração municipal, a maior parte do débito — cerca de 90% — corresponde a passivos trabalhistas que se arrastam há mais de uma década.


O gabinete será composto pela diretoria da Fusam, coordenações do pronto-socorro adulto e pediátrico, além dos departamentos contábil e jurídico. A meta é identificar os principais problemas financeiros e operacionais que afetam a unidade, considerada essencial para a saúde pública local.


De acordo com o prefeito Yan Lopes (Podemos), um dos grandes entraves é o impacto dos juros e multas associados às dívidas acumuladas. “Perdemos muitos recursos pagando encargos de processos que se arrastam por mais de 10 anos. O desafio agora é conter o crescimento dessa dívida para liberar recursos e permitir novos investimentos”, explicou.



O prefeito destacou que a Prefeitura está em busca de apoio financeiro para evitar a paralisação dos serviços hospitalares. “Estamos procurando recursos em Brasília, em São Paulo e, principalmente, na iniciativa privada para manter o hospital funcionando e garantir que a população não fique desassistida”, afirmou.


A Fusam é referência para os moradores de Caçapava e enfrenta dificuldades financeiras que comprometem a continuidade dos atendimentos. O gabinete de crise pretende não apenas reestruturar a administração da unidade, mas também criar estratégias para garantir maior eficiência e sustentabilidade nos serviços prestados.


A ex-prefeita de Caçapava, Pétala Lacerda (Republicanos), afirmou que o valor da dívida da Fusam é menor e que foi negociado com a Justiça.
"Não são R$ 60 milhões, são R$ 28 milhões. Essa dívida já está no orçamento anual do município, o valor que foi negociado. Eu negociei as dívidas, coloquei todas as contas atrasadas em ordem", disse Pétala.


Enquanto busca soluções de longo prazo, a Prefeitura mantém esforços para garantir que a população continue tendo acesso aos atendimentos médicos necessários, sem interrupções nos serviços do pronto-socorro e demais setores da Fusam.



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